Blog

Search
Close this search box.

Financiamento agrícola pode auxiliar às mudanças climáticas

Por Luis Lapo, Chief Risk Officer

Foto de uma terra com o desenho de uma lâmpada e uma planta crescendo em cima dela.

No dia 16 de março é celebrado o “Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas” no Brasil. A data foi criada em 2011 (Lei nº 12.533 de 2011) com intuito de fomentar discussões sobre ações que reduzam os impactos nas mudanças climáticas. O Agronegócio brasileiro possui papel fundamental nesse debate, pois é um setor afetado negativamente pelas mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, tem responsabilidades para contribuir positivamente.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), é um dos principais fatores que contribuem com o aquecimento global. No Brasil, o aumento da emissão de CO2 pode ser relacionado principalmente ao uso de combustíveis fósseis e ao desmatamento.

Nosso país destaca-se há bastante tempo com a substituição de combustíveis fósseis pelos de origem vegetal e fontes renováveis, como o etanol e o biodiesel. O etanol brasileiro, além de ser utilizado como fonte direta de energia, também está na composição da gasolina em até 27%, e o diesel é composto em cerca de 13% de biodiesel. Apesar da cana-de-açúcar continuar sendo a principal matéria prima de etanol no país, a produção de etanol a partir de milho no centro-oeste tem ganhado força com o surgimento de novas usinas e preço atrativo do grão nas últimas safras, potencializando a oportunidade no mercado de combustíveis renováveis para o Brasil. A cogeração de energia elétrica a partir dos resíduos oriundos das produções agrícolas também fazem parte deste cenário.

Com relação ao desmatamento, o Brasil possui uma das mais completas e rígidas legislações relacionadas ao meio ambiente e ao trabalho. A grande maioria dos produtores rurais seguem à risca a rígida legislação brasileira, uma parte deles vão além do que é exigido pela legislação, sem qualquer adição de lucro ou privilégio.

Como a Traive colabora com a produção mais sustentável?

A responsabilidade do agronegócio na segurança alimentar mundial é evidente e essa responsabilidade tende a aumentar nos próximos anos, segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Para contribuir com a redução do aquecimento global e, ao mesmo tempo, aumentar a oferta de alimentos, precisamos ter uma produção agropecuária cada vez mais eficiente, o que requer aumento do uso de tecnologia e manejo sustentável e, por consequência, aumento de recursos financeiros para esta implementação. Além disso, é preciso criar incentivos para que os produtores mantenham ou até aumentem suas florestas e áreas de preservação, reconhecendo e diferenciando de àqueles que fazem algo além do exigido pela legislação.

Focado neste cenário, nós da Traive estruturamos uma operação inovadora chamada de CRA VERDE.TECH, em parceria com a Produzindo Certo e a securitizadora Gaia, visando trazer benefícios financeiros aos produtores que adotam melhorias às práticas socioambientais e comprometem-se com elas.

Nessa operação também oferecemos aos produtores um seguro agrícola diferenciado, visando proteger os possíveis impactos relacionados ao clima. A alteração do regime de chuvas é um exemplo das consequências que se pode ser atribuída às mudanças climáticas que estamos vivenciando nesta safra de soja e milho em grande parte do país.

O que estamos fazendo para o futuro?

No curto prazo, nosso objetivo é atrair cada vez mais produtores com intuito de ampliar o CRA VERDE.TECH. Além disso, pretendemos criar projetos específicos de financiamento de produtores de milho e cana-de-açúcar, visando a produção de biocombustíveis aliado ao contexto de melhorias socioambientais sustentáveis.

De forma contínua, buscamos gerar mais benefícios diretos ou indiretos aos produtores rurais brasileiros, visando estimular a adoção de melhorias além do exigido pela legislação. A ideia é fomentar, por exemplo, uso eficiente de recursos hídricos, fertilização dos solos, manutenção de florestas, recuperação de áreas degradadas e demais investimentos que impactam positivamente na redução dos gases responsáveis pelo efeito estufa.

Promover ações que contribuam com melhorias de aspectos socioambientais é entender que nosso futuro está diretamente relacionado ao clima, não só porque precisamos produzir cada vez mais alimentos, mas também porque da forma como fazemos hoje não será sustentável no futuro.

Assine nossa newsletter

Veja mais conteúdos