Segundo o CNA e Cepea, em 2023, as atividades do agronegócio mostraram que o PIB agrícola registrou uma retração de 3,26% em comparação com 2022. O setor mais afetado foi o de fertilizantes e insumos, que sofreu uma queda de 27,92%, reflexo da baixa nos preços e da menor produção de máquinas agrícolas. A indústria também recuou 3,43%, e o setor de serviços diminuiu 3,24%.
Esses resultados evidenciam a importância do acesso a recursos financeiros para investimento em insumos, modernização e capital de giro. Nesse cenário, a concessão de crédito se torna ainda mais crucial, e uma análise de risco eficiente, baseada em um score preciso, é fundamental para viabilizar essas operações.
O score permite analisar o risco de concessão de crédito e empréstimos de pessoas e negócios, incluindo produtores agropecuários. Assim é possível mitigar os riscos da inadimplência e aumentar o acesso ao crédito, o que impacta o desenvolvimento do setor.
Na sequência, você terá um panorama do papel do score no agronegócio e entenderá como essa análise pode ser usada de forma cada vez mais confiável e estratégica!
O que é score de crédito?
O score de crédito é um instrumento utilizado por instituições financeiras e empresas que serve para avaliar a capacidade de pagamento de uma empresa ou de um indivíduo.
Esse score é um número que, em uma escala que costuma variar de 0 a 1000, indica qual é a probabilidade de uma pessoa ou empresa cumprir as obrigações financeiras de modo pontual. Claro, quanto maior o score, maior é essa probabilidade de atendimento aos compromissos financeiros.
O cálculo é feito a partir de uma série de dados de históricos de pagamento e comportamentais, entre outros, com pesos definidos pela instituição responsável pelo cálculo.
Além disso, é comum haver níveis de score de crédito, que são faixas de pontuação e classificação dos pagadores. As principais classificações costumam ser:
- Muito ruim: é o nível mais baixo de score de crédito, indicando uma grande probabilidade de ocorrer a inadimplência. Devido ao risco mais elevado, é comum que seja mais difícil obter crédito;
- Ruim: é uma classificação um pouco acima da anterior, embora o risco de crédito ainda seja significativo. Quando há a concessão de crédito, as condições tendem a ser menos favoráveis, como juros mais altos;
- Regular: é um nível intermediário para o score, indicando que a probabilidade de ocorrer inadimplência é moderada. A chance de obter crédito é média e as condições ainda tendem a ser menos vantajosas;
- Bom: é o segundo melhor nível de score, indicando um risco menor de ocorrer a falta de pagamento. As chances de obtenção de crédito são boas e as condições tendem a ser ligeiramente favoráveis;
- Excelente: é o mais alto grau que um indivíduo ou uma empresa pode alcançar em seu score. Ele aponta para o risco baixíssimo de ocorrer inadimplência, aumentando as chances de obter crédito com condições facilitadas.
Os valores de cada faixa podem variar entre as instituições financeiras e empresas que oferecem scores de crédito, então é preciso ter atenção com os critérios de classificação.
Ainda, vale saber que existe mais de um tipo de score. Dependendo de quem solicita o crédito, o cálculo e a interpretação dos resultados pode ser ligeiramente diferente.
Score de crédito CPF
Direcionado para pessoas físicas, esse score costuma ser atrelado ao CPF. Logo, a pontuação é atrelada ao documento, que é um dos principais consultados por empresas e instituições financeiras em um processo de avaliação de crédito.
Esse tipo de score costuma ser calculado com base em diferentes fatores, como:
- Histórico de crédito e de pagamentos, avaliando pagamentos pontuais ou eventuais atrasos;
- Comprometimento de renda, o que inclui dívidas atuais e capacidade de assumir novos compromissos;
- Utilização do crédito, a qual representa o total utilizado em relação ao crédito disponível, como limites de empréstimos ou de cartão de crédito;
- Tempo de uso do crédito, apontando para a capacidade de se manter adimplente por mais tempo;
- Consultas recentes ao CPF, já que podem indicar uma busca mais intensa por crédito e possíveis problemas financeiros.
A análise conjunta desses e outros elementos pessoais e comportamentais ajuda a identificar a capacidade de arcar com os compromissos financeiros. Um histórico positivo, portanto, aumenta as chances de obter um score elevado.
Vale lembrar que as análises de score de produtores rurais são geralmente feitas com base no CPF, poucos produtores possuem CNPJ.
Score de crédito CNPJ
O score também se aplica à chamada pessoa jurídica, e precisa passar por análise igualmente. O score de crédito para CNPJ é focado no cálculo da pontuação referente ao perfil de crédito de uma empresa.
Assim como acontece com indivíduos, o score de crédito para CNPJ considera uma variedade de fatores. A diferença é que eles não se relacionam ao histórico de uma pessoa e, sim, às condições financeiras de toda a empresa.
Para chegar a esse número, são avaliados diversos elementos, como:
- Histórico de pagamentos da empresa, em especial a seus fornecedores e demais credores;
- Saúde financeira da empresa, que costuma ser avaliada com a ajuda de fluxos de caixa, balanços patrimoniais e demonstrativos de resultados;
- Nível de endividamento, o qual pode ser obtido pela relação entre as dívidas do negócio e os ativos;
- Relacionamentos comerciais, já que parcerias duradouras costumam indicar mais confiabilidade quanto ao cumprimento de compromissos;
- Cenário econômico, incluindo projeções e possíveis ameaças que possam impactar os resultados.
Variáveis no rating de crédito agrícola
Quando falamos em crédito do setor agrícola, há diversas variáveis específicas que influenciam o score e o rating. Elas são típicas dessa atividade e precisam ser consideradas devido aos impactos que elas podem trazer para a avaliação.
A Traive, por exemplo, utiliza uma abordagem abrangente para avaliar o risco de crédito e atividades, analisando mais de 2.500 pontos de dados e gerando seis scores distintos que fornecem uma visão detalhada e precisa do perfil de crédito de produtores e revendas agrícolas. Vamos explorar algumas das variáveis envolvidas:
Fluxo de caixa sazonal
Tradicionalmente, o fluxo de caixa no agronegócio é bastante sazonal. Isso se deve ao ciclo das atividades, como plantio e colheita, além dos efeitos das condições de mercado, de modo geral.
Nesse sentido, uma das variáveis é justamente o período de plantio ou colheita. É comum haver uma saída de caixa maior na fase de plantio e cultivo, enquanto o esperado, é que haja uma entrada mais significativa de receitas na colheita.
Também é necessário pensar em aspectos como condições climáticas que podem ser adversas ou favoráveis. Períodos de chuva intensa ou de estiagem, por exemplo, podem colocar em risco determinadas culturas, mas podem ser benéficos para outros.
Ainda, há diferenças no ciclo de produção. Certos produtos, e até mesmo atividades pecuárias distintas, apresentam características específicas quanto ao tempo decorrido entre o investimento e o retorno.
Históricos de pagamento
Assim como acontece com outros cálculos de score, a avaliação para o setor agro considera informações referentes ao histórico de pagamento. O cumprimento das obrigações financeiras com pontualidade costuma pesar a favor, já que indica uma capacidade de ser adimplente.
Também são consideradas questões como a necessidade de renegociação de dívidas, o tempo de atuação no setor e o valor de crédito obtido e pago ao longo do tempo. Essa é uma forma de ter uma visão geral sobre a capacidade do negócio do tipo agro atender às condições firmadas com a concessão do crédito.
Variáveis econômicas e produtivas
De maneira mais específica, também vale considerar que o setor agrícola apresenta diversos fatores econômicos e produtivos — e que podem, inclusive, afetar a composição dos fluxos de caixa sazonais.
Um desses elementos é o preço de commodities. Se o valor apresentar uma tendência de baixa, isso provavelmente significa que o agroprodutor terá menos receita e isso pode prejudicar a capacidade de pagamento do crédito.
Ainda, é comum avaliar o custo dos insumos de diversos tipos, como fertilizantes, sementes, maquinário e pesticidas. Quando há um aumento nesses preços, a lucratividade da operação cai e isso também pode afetar o cumprimento de diversos compromissos.
Outras variáveis nesse sentido incluem a produtividade da terra e as políticas agrícolas e de subsídios.
Demais variáveis
Além dessas variáveis tradicionais, a Traive incorpora outros elementos essenciais através de seus seis scores especializados:
- Score de Risco de Crédito: avalia a probabilidade de inadimplência do cliente, considerando todas as variáveis financeiras e comportamentais;
- Score Agronômico: oferece uma classificação da previsão do rendimento agrícola, analisando dados históricos de produção e fatores agronômicos;
- Score Mercado: analisa a tendência da margem operacional, ajudando a prever a sustentabilidade financeira do negócio agrícola;
- Score Financeiro: avalia o nível de endividamento relativo à margem operacional, proporcionando uma visão clara da saúde financeira do produtor;
- Score Comportamental: examina o risco de crédito em relação a outros credores, utilizando informações de bureaus de crédito;
- Score Sustentabilidade e Compliance: verifica o cumprimento de regulamentos socioambientais e outros requisitos legais, coletando e analisando mais de 25 documentos automaticamente;
Estas análises detalhadas e integradas são possíveis graças à coleta e processamento de uma vasta gama de dados, que incluem:
- Dados cadastrais: CPF, CNPJ, Inscrição Estadual, e outros;
- Dados financeiros: certidões negativas, declarações de imposto de renda, consultas ao BACEN, B3 e CERC;
- Dados comportamentais: relatórios de crédito da Serasa e Boa Vista.
- Dados agronômicos: monitoramento contínuo da fazenda por telemetria e imagens de satélite;
- Dados de sustentabilidade: certidões de cumprimento ambiental e socioeconômico, como CAR e SIGEF.
Essa abordagem holística permite à Traive fornecer uma análise de risco de crédito robusta e confiável, suportando decisões mais informadas e seguras para produtores, revendas e indústrias no setor agrícola.
A importância do score no agronegócio
Considerando as características específicas do setor, é possível dizer que o score é um fator especialmente relevante para o agronegócio. Avaliar essa classificação é uma etapa que beneficia tanto as revendas quanto os demais negócios, fortalecendo todo o segmento.
Um dos motivos é o fato de as vendas a prazo serem quase imperativas no agronegócio. Os produtores que compram de uma revenda, por exemplo, costumam precisar de flexibilidade e prazo para pagamento, já que é necessário aguardar a colheita e a venda da produção.
No entanto, isso expõe as empresas fornecedoras e parceiras ao risco de inadimplência. Para conceder crédito de forma estruturada, o score surge como uma alternativa para orientar as decisões.
Devido a essa mecânica, o score também facilita o acesso ao crédito. Com base nele, as instituições financeiras e empresas podem conceder recursos de forma mais estratégica para os produtores, considerando o risco envolvido na operação.
Outro ponto para considerar é que o score também tem impacto nas decisões financeiras — tanto das revendas quanto dos produtores e suas empresas.
Os agronegócios com um bom score de crédito conseguem ter acesso a recursos mais facilmente. Com isso, eles podem se planejar para realizar movimentos no mercado de acordo com essa disponibilidade.
Já as revendas conseguem tomar decisões mais embasadas quanto à oferta de crédito, avaliando os riscos proativamente. Como consequência, elas podem ter mais saúde financeira e mais segurança para continuar operando.
Sendo assim, o score tem um papel determinante no fomento e no desenvolvimento do setor de agronegócio.
Leia também: Mercado de capitais: oportunidades para financiamento do agronegócio em 2024
O papel da análise do score na política de crédito
Como você viu, o score está diretamente relacionado à concessão de crédito, já que ele serve como um balizador de decisões. Nesse sentido, o score deve ser utilizado para embasar a política de crédito.
Por ser um dos componentes da análise de risco, o papel do score é possibilitar decisões mais acertadas. É uma forma de não assumir riscos muito elevados ou saber como apresentar condições de crédito compatíveis com as probabilidades de inadimplência.
Porém, o risco não é necessariamente negativo. Assumir riscos calculados permite que as instituições financeiras potencialmente obtenham maiores lucros, desde que a análise seja bem conduzida e os devedores sejam confiáveis. Assim, equilibrar risco e retorno é essencial para maximizar ganhos e promover crescimento econômico.
Para tudo isso ser possível, é fundamental implementar uma análise de score robusta e detalhada a partir das informações de produtores do agronegócio.
É fundamental estabelecer critérios sólidos para a concessão de crédito. Isso pode incluir a faixa do score de crédito, garantindo que os clientes com maior número tenham condições melhores de pagamento.
Na política de concessão de crédito, convém definir condições que ajudem a mitigar os riscos de crédito. Produtores com um score moderado podem ter acesso a um crédito com condições mais restritas ou taxas maiores, o que permite neutralizar parte dos riscos.
Com a ajuda de uma análise de score detalhada, portanto, é possível tomar decisões muito mais informadas e alinhadas com a estratégia de atuação.
Obstáculos financeiros no agronegócio
Como você viu, a concessão de crédito é comum no agronegócio, devido à natureza do setor. Mesmo assim, há diversos obstáculos financeiros no segmento, o que pode impactar até a viabilidade e a continuidade das operações das revendas, por exemplo.
Muitos desses obstáculos estão ligados à análise do score de crédito, pois uma boa avaliação pode reduzir os riscos de inadimplência. Com a segmentação de clientes com score mais elevado, por exemplo, fica mais fácil conceder recursos para quem tem mais chances de pagar em dia.
Também é possível definir limites ou condições personalizadas, com base em características como endividamento e previsões para o setor. No entanto, isso exige o uso de ferramentas de análise de crédito.
Com esse tipo de tecnologia, é possível aprofundar o cálculo e entender o que ele realmente representa para a tomada de decisão. Em vez de conceder o crédito ou não puramente com base no resultado numérico do histórico, uma ferramenta robusta ajuda a ter uma visão mais ampla e potencialmente otimizada.
Limitações da análise de crédito convencional
Embora o score de crédito seja fundamental para apoiar a concessão de recursos, a análise desse número tem limitações quando é feita de forma convencional.
Isso ocorre porque as ferramentas de mensuração tradicionais têm dificuldade de medir o rating dos agentes da cadeia do agronegócio com precisão. Entre os motivos, estão as diversas variáveis financeiras e econômicas da esfera produtiva, que devem ser consideradas.
Por isso, é necessário ir além, integrando dados específicos dos clientes e do setor. Fazendo isso se tem uma visão integral do risco de crédito apresentado por um cliente, tornando a tomada de decisão sobre a concessão de recursos mais estratégica.
Outro aspecto para considerar é a falta de personalização que geralmente está associada à análise de crédito tradicional. Ao buscar uma avaliação aprofundada, há como disponibilizar condições mais alinhadas ao perfil de crédito específico de cada produtor e cliente.
Automação da análise do score no agronegócio
Uma das principais maneiras de superar os desafios do uso do score no agronegócio é por meio da automação da análise desse resultado. Com ferramentas inovadoras, que fazem análises em minutos, há como obter diversos benefícios.
Veja quais são os principais!
Aumento da eficiência
Uma das principais vantagens da automação está associada à elevação do nível de eficiência da análise. Com as ferramentas certas, é possível processar um grande volume de dados, economizando recursos valiosos.
Outra vantagem é que um sistema automatizado consegue avaliar diversos clientes simultaneamente ou cruzar informações de fontes distintas. Essa é uma forma de aumentar a capacidade de análise e decisão, sem ter que expandir a infraestrutura na mesma medida.
Em períodos de alta na procura por insumos e, consequentemente, por crédito, isso é especialmente importante. Com mais eficiência, torna-se viável avaliar um número maior de solicitações de crédito, o que pode levar a mais vendas — sem abrir mão da segurança.
Redução de erros
Outra vantagem da automação da análise do score no agronegócio é a diminuição dos erros no processo. Como existem inúmeras variáveis ligadas ao segmento agro, o cálculo tende a se tornar complexo e mais propenso à falha. Com a automação, esse risco é mitigado.
A adoção da tecnologia é relevante, ainda, para diminuir a subjetividade e os vieses que podem existir no cálculo humano. Com as ferramentas certas, portanto, fica mais fácil ter consistência ao aplicar os critérios e seus pesos, ajudando a padronizar resultados.
Otimização da tomada de decisão
De modo geral, incorporar a automação na avaliação do score no agronegócio é essencial para tomar decisões mais embasadas. Primeiramente, há a análise de um grande volume de dados, o que facilita encontrar padrões mais confiáveis.
Dependendo da tecnologia, existe a chance de fazer avaliações preditivas com alto grau de confiabilidade. Essa é uma forma de se antecipar a riscos, apoiando as decisões.
Ainda, ferramentas desse tipo permitem acompanhar os dados em tempo real, mantendo os insights atualizados. Assim, a política de concessão de crédito pode ser adaptada conforme as necessidades ou mudanças no mercado.
Para incorporar a automação e passar a fazer análises de risco de crédito ainda mais inteligentes e rápidas, seu negócio pode contar com a Traive. Nossa plataforma utiliza inteligência artificial e modelos de linguagem ampla (LLMs) para transformar o seu processo de crédito e venda de recebíveis.
A plataforma se diferencia por ser capaz de integrar e analisar variáveis complexas que impactam o agronegócio, e que não costumam fazer parte do cálculo de score convencional. Em vez de focar apenas em dados históricos e comportamentais, a tecnologia da Traive considera:
- Condições político-ambientais: elas envolvem questões como regulamentações, alterações legais, políticas de subsídios e mesmo mudanças e previsões climáticas;
- Variáveis mercadológicas: entre elas estão preços de commodities, demanda global, tendência do comércio internacional e estabilidade financeira do setor;
- Dados financeiros detalhados: eles vão além das informações convencionais e incluem registros financeiros detalhados e históricos robustos.
A Traive também se diferencia das ferramentas menos precisas por unir aprendizado de máquina com conhecimento humano. Graças a essa combinação de forças, as análises são cada vez mais precisas e oferecem uma visão mais efetiva sobre o risco de crédito.
Essas são as principais diferenças que você deve considerar:
Menos riscos nas concessões de crédito
A análise de crédito com base em um estudo de score aprofundado é fundamental para o agronegócio. Por meio dela, revendas, instituições financeiras e outras empresas conseguem tomar decisões informadas quanto à concessão de crédito, mitigando riscos e estimulando o crescimento do setor.
Para otimizar essas análises, vale a pena contar com o apoio da tecnologia. Só a Traive possui uma IA proprietária, que avalia o risco, conectada a uma plataforma que facilita todo o fluxo de trabalho de crédito e recebíveis.
Saiba mais sobre a Traive e veja como transformamos essa etapa!
Perguntas frequentes
O crédito agro fornece financiamento para produtores rurais investirem em suas atividades agrícolas. Os recursos podem ser utilizados para custeio, investimento em maquinário, infraestrutura e tecnologia, além de capital de giro. Ele pode ser concedido pelo governo, por instituições financeiras e por empresas privadas.
O agronegócio no Brasil é um setor vital para a economia, representando cerca de 25,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e sendo responsável por 49% das exportações, em 2023. No mesmo ano, a produção de grãos bateu o recorde de 322,8 milhões de toneladas e as exportações de carne bovina in natura chegaram a 2,01 milhões de toneladas. Esses dados reforçam o papel relevante do setor para a economia brasileira e para o comércio global. Mesmo assim, o segmento enfrenta desafios como mudanças climáticas, infraestrutura inadequada e necessidade de inovação — mas continua crescendo e se modernizando.
Os investimentos no agronegócio abrangem diversas áreas, como tecnologia agrícola, irrigação, energia renovável e maquinário moderno. Entre os principais instrumentos financeiros estão a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), um investimento de renda fixa com isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas e garantia do FGC; o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), também de renda fixa, mas sem proteção do FGC e com maior risco de crédito; o Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), que permite a aquisição de cotas por investidores para aplicação em imóveis rurais, direitos creditórios ou empresas do setor; e a CPR (Cédula de Produto Rural), que facilita a antecipação de recursos com base na produção agrícola. Avaliar tendências de mercado e inovações tecnológicas é essencial para identificar oportunidades de investimento no agronegócio.
A taxa de juros do crédito rural varia conforme a linha de crédito e o tipo de financiamento. As taxas do governo costumam ser mais baixas, podendo ficar entre 3% e 8% ao ano — dependendo do programa e do perfil do produtor. As taxas de outras instituições variam com a análise de crédito, que inclui o score.